PRESERVAÇÃO CULTURAL E AMBIENTAL DE ARAMBARÉ /RS

 


PRESERVAÇÃO CULTURAL E AMBIENTAL DE ARAMBARÉ /RS 


RESUMO 

A cidade de Arambaré é realmente é diferenciado, na Costa Doce no Rio Grande do Sul , onde as águas do Rio Camaquã se juntam com a lagoa dos Patos de um lado, junto á formosa barra, pelo Arroio do Velhaco, é possível vermos e pássaros, gaivotas, dunas de areia brancas, e a praias de agua doce formando enseadas do litoral gaúcho da Costa Doce. Nessa área nas manhas os veranistas vão a praia e tomam sol ao redor do chimarrão, símbolo do sentimento gaúcho ao entardecer, reúnem-se as famílias, cuja relação fraterna com os demais, permite uma rara confraternização, cevada pelo mate amargo que é o símbolo do sentimento gaúcho. 

I NTRODUÇAO 

1. Prefeitura de Arambaré visa à defesa dos interesses gerais da comunidade e colaborar e promover com os poderes públicos na solução das questões diretamente ligadas ao balneário, como o aprimoramento das condições de vida da coletividade, a preservação do meio ambiente e a defesa de melhorias das áreas destinadas ao uso comum e todos os esforços dos benefícios legais e pleitear junto às autoridades as providências que se tornem necessárias e oportunas com vistas ao cumprimento de suas finalidades, na denominada alta estação, caracterizada pela afluência de maior número de pessoas à orla da Costa Doce e a mais alta graduação de calor nessa área do Brasil. 

 2 Em regra, destacam-se na pauta questões, relativas aos problemas climáticos consequentes do aquecimento global, e questões relativas à problemática “urbana” do balneário as construções em altura, as formas de ocupação do solo a necessidade de preservação ambiental e cultural. Mostra o confronto entre a conservação do patrimônio cultural natural e o desenvolvimento urbano e especulação imobiliária de uma cidade, seja qual for o lugar do mundo. Nas últimas décadas Arambaré ten vivido com a ameaça com a falta de um Plano Urbano que pode acabar com a historia cultural de um lugar , eliminação de casas e a memória natural e cultural que serviria a futuras gerações, como documento de um período e herança cultural. 

JUSTIFICATIVA 

De acordo com a Constituição Federal de 1988, é dever de todo cidadão cuidar do patrimônio cultural do país. No âmbito governamental, esta tarefa compete à União, aos Estados e aos Municípios, responsáveis pela proteção de bens considerados de valor histórico, artístico e cultural, além de paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos. Arambaré deveria ser preservada, pelo seu reconhecimento à importância do litoral norte como referência para o lazer do gaúcho. Assim, cabe ao poder público municipal promover a ordenação urbana da cidade, tendo como principal instrumento a legislação de uso e ocupação do solo. Devemos lembrar que as nossas cidades passam pelo processo de envelhecimento e que deveremos reavaliar as novas perspectivas para o futuro, pois o Séc. XX é parte de um passado presente. As portas do terceiro milênio ainda se encontram fechadas para o século XXI a continuidade da nossa realidade como país urbano devera ser avaliado com muita criatividade, sensibilidade e critica do pensamento onde a reflexão nos permita buscar alternativas de 3 linguagens de urbanidade com parceria dos segmentos sociais como instrumentos políticos, sociais, econômicos e culturais.

A fauna

 

O Rio Grande do Sul tem uma importância ecológica mundial no que diz respeito às aves migratórias. Além destas, muitas aves residem na costa litorânea, e podem ser vistas com facilidade em Imbé.  Algumas espécies que ocorrem no Imbé estão organizadas numa lista (Tabela 1).

A listagem a seguir teve como base o material elaborado pelo Ceclimar e pela UFRGS (Aves de Imbé-Litoral Norte/RS), tendo sido este revisado e atualizado com base na lista proposta pelo CBRO (Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos) 2006, Listas de Aves do Brasil. Versão 10/02/2006.


Disponível em Aves do Brasil

Tabela 1. Aves de Imbé, litoral norte do Rio Grande do Sul.

Espécie
Nome comum Família Status
Plalacrocorax brasilianus
biguá Phalacrocoracidae R
Ardea Alba garça-branca-grande Ardeidae R
Egretta thula garça-branca-pequena Ardeidae R
Syrigma sibilatrix maria-faceira Ardeidae R
Nycticorax nycticorax savacu Ardeidae R
Mycteria americana
cabeça-seca Ciconidae R
Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro Accipitridae R
Milvago chimango Chimango Falconidae R
Falco sparverius quiriquiri Falconidae R
Caracará plancus carcará Falconidae R
Haematopus palliatus
piru-piru Haematopodidae R
Pardirallus sanguinolentus saracura-do-banhado Rallidae R
Jacaca jacaca jaçanã Jacanidae R
Himantopus himantopus pernilongo Recurvirostridae R
Vanellus chilensis quero-quero Charadriidae R
Espécie
Nome comum Família Status
Charadrius collaris batuíra-de-colar Charadriidae R
Charadrius falklandicus batuíra-de-coleira-dupla Charadriidae VN
Tringa melanoleuca
maçarico-de-perna-amarela Scolopacidae VN
Gallinago paraguaiae narceja Scolopacidae R
Larus dominicanus gaivotão Laridae R
Sterna trudeaui
trinta-réis-de-coroa-branca Laridae R
Rynchops niger
talha-mar Rhynchopidae R
Zenaida auriculata pomba-de-bando Columbidae R
Columba Lívia pomba-doméstica Columbidae R
Leoptotila verreauxi
juriti-pupu Columbidae R
Crotophaga ani anu-preto Cuculidae R
Guira guira anu-branco Cuculidae R
Athene cunicularia coruja-buraqueira Strigidae R
Hylocharis chrysura
beija-flor-dourado Trochilidae R
Colaptes melanochlorus
pica-pau-verde-barrado Picidae R
Colaptes campestris pica-pau-do-campo Picidae R
Furnarius rufus
joão-de-barro Furnariidae R
Xolmis irupero noivinha Tyrannidae R
Satrapa icterophrys suirir-pequeno Tyrannidae R
Machetornis rixosus
suiriri-cavalheiro Tyrannidae R
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Tyrannidae R
Tyrannus savana
tesourinha Tyrannidae VS
Progne tapera andorinha-do-campo Hirundinidae R
Troglodytes musculus corruíra Certhiidae R
Sicalis flaveola
canário-da-terra Emberizidae R
Thraupis sayaca sanhaçu-cinzento Emberizidae R
Coereba flaveola cambacica Emberizidae R
Sturnella superciliaris polícia-inglesa Icteridae VS
Amblyramphus holosericeus cardeal-do-banhado Icteridae R
Molothrus bonariensis chopim gaudério Fringillidae R
Passer domesticus pardal Passeridae R
       

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estamos vivendo uma crise ambiental mundial, ao mesmo tempo, há um crescente comprometimento para resolver os problemas atuais. Dessa forma, devemos pensar num gerenciamento costeiro de qualidade, na qual esteja incluído o manejo adequado de todos os recursos naturais, para que haja uma redução da ameaça a flora e a fauna, possibilitando dessa forma uma vivência mais harmônica do homem no litoral. Esse gerenciamento deve ser pensado de forma a conservar a biodiversidade e respeitar o habitat na qual estamos inseridos e dependemos dele para uma boa qualidade de vida.

Para que possamos usufruir o que a paisagem nos proporciona e utilizar os recursos naturais do litoral gaúcho por muitas gerações, é necessário que haja conhecimento científico, consciência e gerenciamento. Para isso, devemos buscar as conexões responsáveis pela manutenção do ecossistema; pensar na conservação em escala apropriada, ou seja, não apenas em conformidade com as fronteiras políticas estabelecidas pelos governos; reconhecer que o ser humano faz parte dos ecossistemas e que valores humanos influenciam a conservação ou destruição dos ecossistemas.

Algumas medidas podem ser feitas para ajudar na conservação do litoral, como a limitação de extração de recursos naturais, controle do lançamento de resíduos, do uso do solo e etc. Devemos juntar esforços na conscientização (educação ambiental), na fiscalização (leis cumpridas) e na pesquisa científica para a melhor compreensão da estrutura, na composição da flora e fauna, das interações entre o homem e o meio ambiente.

NOTAS

1-              RAMBO, B. A fisionomia do Rio Grande do Sul. 2°ed. Porto Alegre: Selbach, 1956.

2-              SCHAFFER, W. B.; PROCHNOW, M. (Orgs). A Mata Atlântica e você: como preservar, recuperar e se beneficiar da mais ameaçada floresta brasileira. Brasília, APREMAVI, 2002.

3-              Ver nota 1.

4-              PFADENHAUER , J. & RAMOS, R.F.. Um complexo de vegetação entre dunas e pântanos próximo a tramandaí-Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, ser. Bot., Porto Alegre, 1979.

5-              Ver nota 1.

6-              FONTANA, C.S; BENCKE, G..A; REIS, R.E. (Org). Livro Vermelho da fauna ameaçada de extinção no Rio Grande do Sul. EDIPUCRS, Porto Alegre, 2003.

7-              SEELIGER, U., ODEBRECHT, C. & CASTELLO, J.P. (Eds). Os ecossistemas Costeiro e Marinho do Extremo Sul do Brasil. Editora Econscientia, Rio Grande, 1998.

8-              Ver nota 7.

9-              TABAJARA,L.  Aspectos da relação pescador-boto-tainha no estuário do Rio Tramandaí-RS. In: Botos do Rio Tramandaí. Prefeitura Municipal de Tramandaí/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 76 p., 1992.

  1.         Texto. Jose Geraldo Vieira da Costa. Link Imbé;o adeus a cidade jardim

http://paisagemimbe.blogspot.com.br/2014/11/imbe-preservacao-das-paisagens-urbanas.html


LITORAL NORTE








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